quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Mobilidade e Comunicação


 
Os Desafios dos Aplicativos de Mobilidade Urbana[1]

  Anny Caroline dos Santos CORRÊA[2]
                                        Gabriel Gil MARTINS[3]
Ivan Feitosa de Arruda NETO[4]
Marcele Fernandes de SOUZA[5]
Marcos Sérgio Soares de MOURA[6]
Joyce Karoline PONTES[7]

Faculdade Devry/Martha Falcão, Manaus, AM

RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo explicar os impactos dos aplicativos de transporte utilizados pela sociedade, por meio dos smartphones e tablets. Será abordada a proposta de criação dessas ferramentas e como pode ser desenvolvida na mobilidade urbana, uma vez que a comunicação ganha novas tecnologias, principalmente na contemporaneidade, onde os primórdios cognitivos estão presentes na era cross mídia. Todavia, essa iniciativa é motivo de diversos conflitos entre a classe dos motoristas regulamentados e dos não regulamentados, visto que a população está em busca de facilidade e maior economia. Desta forma, esta pesquisa entrevistou seis fontes, na qual analisou que a comunicação móbil através dos aplicativos conduz o usuário a utilizar o recurso mais cômodo no seu dia a dia.

PALAVRAS-CHAVE: mobilidade urbana; tecnologia; transporte urbano; economia; comunicação digital.

INTRODUÇÃO
Com o objetivo em explicar os novos recursos de mobilidade urbana, o trabalho se aprofunda tanto no fator tecnológico quanto no social, tendo como base a opinião de especialistas e motoristas de transportes privados. Através das pesquisas de campo foram feitas análises acerca da temática com o intuito de esclarecer os pontos a serem discutidos ao longo do trabalho.
O avanço tecnológico possibilitou o surgimento de aplicativos responsáveis por garantirem uma comunicação digital e agilizarem os pedidos dos usuários. Segundo empresas do ramo, o tempo de espera não é tão longo e os preços muitas vezes são compatíveis com o orçamento do cliente. Outro item importante que muitas delas pregam é a segurança dos passageiros que aderem a esses serviços.
Um exemplo é o transporte pelo aplicativo Uber, que inclusive faz parte do objeto de estudo desta pesquisa. Conforme dados da empresa[8], referente ao segundo semestre de 2017, há mais de 17 milhões de usuários no Brasil e mais de 65 milhões no mundo. Já o aplicativo 99POP, de serviço de transporte particular, começou a funcionar recentemente, no dia 3 de novembro de 2017em Manaus. A nova opção em algumas simulações de viagens feitas pela reportagem, foi até 44% mais barato do que as realizadas pela concorrente Uber.
Apesar de não estar presente esta tecnologia no século XIX, o intelectual Stuart Hall (1992) chamava este fato similar à atualidade de “celebração móvel”, onde a identidade social é “formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpretados nos sistemas culturais que nos rodeiam” (HALL, 1992, p.13).
A criação dessas novas plataformas acabou resultando em certos conflitos entre as classes de motoristas devido a uma proposta do Senado em regulamentar esses serviços de transporte privado assim como a categoria de taxistas e mototaxistas. Com esse aplicativo há a possibilidade de motoristas e passageiros se avaliarem dando notas e comentários.
Na dinâmica de serviço da Uber, tanto motoristas quanto passageiros possuem a possibilidade de se avaliarem mutuamente. Em um movimento que não corresponde a uma hierarquia, em uma lógica participativa e colaborativa e de um modo de experiência que abarca a ideia de uma cognição que engloba os indivíduos e as ferramentas tecnológicas, as avaliações emergem em um cenário espraiado e heterogêneo, característico da vigilância distribuída (BRAGA; EVANGELO, 2017, p. 8).

 Com a possível aprovação da decisão, serviços não regulamentados seguiriam algumas exigências, entre elas, permissão das prefeituras para os trajetos e o uso de placas vermelhas para identificação. Diante dessas medidas, uma dualidade de opiniões se formou entre os motoristas para saber qual a melhor atitude a ser tomada.
            Portanto, o objetivo deste trabalho de Radiojornalismo é retratar o tema “ Os desafios dos aplicativos de mobilidade urbana”. Atualmente, no nosso mundo digital podemos fazer tudo sem sair de casa, apenas, usando um celular. Os aplicativos de transporte proporcionam uma praticidade a partir do momento em que você faz um pedido sem precisar se locomover.
                      
Essa modernidade acaba afetando uma parte dos motoristas que não trabalham com esses serviços, acarretando conflitos diversos. O impacto que causou foi grande porque é uma novidade que gera renda tanto para as empresas quanto para os colaboradores e muita facilidade para os usuários. O trabalho esclarece diversos pontos sobre a temática, desde o esclarecimento de especialistas sobre o impacto do avanço tecnológico, até os pontos de vista de motoristas que apoiam e não apoiam a regulamentação dos serviços prestados pelas empresas de transporte privado.

A revolução dos transportes complicou, encurtou e metamorfoseou o espaço, mas isto evidentemente foi pago com importantes degradações do ambiente tradicional. Por analogia com os problemas da locomoção, devemos nos interrogar sobre o preço a ser pago pela virtualização informacional [...] (LÉVY; PIERRE, 1956, p. 23,24).

JUSTIFICATIVA

Programas de aplicativos têm por objetivo desempenhar uma tarefa específica. Sendo uma tecnologia que é alterada ou feita de maneiras diferentes dependendo do que o programa iria realizar, essa tarefa tem grande potencial para promover o desenvolvimento de uma empresa ou até um País.

O design tem o seu valor na medida em que o designer consiga transpor os objetivos para o plano visual. (...) o conteúdo é a matéria prima do site e o resultado dos esforços dos editores, jornalistas e colaboradores. (PINHO, 2003, p.130).

            O mercado de aplicativos está em franca expansão e movimenta mais de 20 bilhões de dólares por ano ao redor do mundo, sendo que ele ainda está se expandido em inúmeros países proporcionando ainda mais oportunidades de empregos e de atuações novas no mercado de trabalho. Porém, as mudanças que os aplicativos trazem a um país nem sempre são bem recebidas por todos, um exemplo desse tipo de acontecimento é o uso do aplicativo Uber no Brasil.
Uber é uma empresa multinacional norte-americana prestadora de serviços eletrônicos na área de transporte privado que através de um aplicativo e-hailing[9] oferece um serviço semelhante de um táxi tradicional. O sistema acabou se expandindo para diversos países causando mudanças no mercado de transporte privado porque a empresa oferece um transporte muito mais barato que a de um táxi convencional. Devido às suas vantagens, o aplicativo foi ganhando popularidade por apresentar um menor custo e benefício aos usuários
Depois de um tempo, surgiram certas controvérsias sobre o sistema, pois ele acabou por causar a demissão de inúmeros taxistas que atuavam na área a anos, e em meio a esse cenário, muitos desses colaboradores acabaram fazendo protestos contra o aplicativo. Por outro lado, é válido ressaltar a capacidade desses serviços em promover uma certa facilidade aos usuários. Dessa maneira, são observadas neste trabalho tanto perspectivas de especialistas quanto de motoristas ao destacarem os benefícios e malefícios desse novo recurso tecnológico.

MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS

       Durante as aulas de Radiojornalismo, o tema foi escolhido pela equipe com base na repercussão dos aplicativos de transporte privado na sociedade e em conflitos gerados por essa nova iniciativa tecnológica. “A cultura do consumidor é, portanto, a cultura de uma sociedade capitalista e é estruturalmente incompatível com uma economia planejada ou lei suntuárias.” (BARBOSA, 2004, p.32).
             Para a elaboração do podcast sobre esses serviços foi necessária a construção de uma série de questões referentes desde seu uso até fatores econômicos, ao ler livros específicos, desenvolvimento de fichamentos sobre o tema e logo após, a execução do trabalho com as sonoras feitas pelos estudantes de Comunicação Social Anny Caroline, Gabriel Mendes, Ivan Neto e Marcele Fernandes.
            Após as gravações, os acadêmicos Ivan Neto e Marcos Sérgio ficaram responsáveis pela decupagem e estruturação do paper com o auxílio de todos os integrantes da equipe. O material teve duração de seis minutos e nove segundos. Ele encontra-se disponível na página online https://comunicacaodynews.blogspot.com.br.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO

O primeiro passo para a realização do produto foi à reunião em sala de aula, em que foram abordados temas factuais que estivessem de acordo com os valores-notícia. Após a definição do tema, os desafios dos aplicativos de mobilidade urbana, estabeleceu-se um cronograma com as tarefas programadas dentre elas estavam à pesquisa documental, à procura por fontes, entrevistas, produção do roteiro e edição.
Após a realização das entrevistas e a coleta de todas as informações necessárias, fez-se a transcrição dos áudios e a produção do texto – locuções. Ao finalizar a elaboração do roteiro, fez-se a pesquisa sonora a fim de buscar trilhas sonoras e sonoplastia que melhor se adequasse ao tema. Com a conclusão da definição da trilha sonora e da gravação das locuções, os estudantes editaram a reportagem no laboratório de rádio com a colaboração da Professora e Orientadora Joyce Karoline Pontes.
A reportagem “Os Desafios dos Aplicativos de Mobilidade Urbana” apresenta os efeitos do estudo de como se aplica isso no dia a dia da população e é composto por sonoras dos entrevistados ligados diretamente no processo.
Com o propósito de mostrar os benefícios e também os avanços tecnológicos introduzidos na sociedade, a reportagem apresenta temática de relevância social, atemporal, trazendo questões pontuais a serem refletidas. É importante ressaltar que o produto tem duração de cinco minutos e 38 segundos.

CONSIDERAÇÕES

Ao analisar o trabalho com o tema “ Os Desafios dos Aplicativos de Mobilidade Urbana”, percebe-se que a era virtual está aperfeiçoando o modo de viver e buscando a melhor forma de locomoção criados pelos aplicativos de transporte com maior facilidade, segurança e com um preço acessível.
Através do podcast, a presença de uma dualidade é válida quando se nota a indignação de motoristas que sofrem com essa concorrência, mas também, a defesa da presença desses novos recursos da era da informática por seus colaboradores.
Vale ressaltar que a opinião de especialistas da área sobre a criação dos serviços também está presente na parte radiofônica do trabalho, fazendo com que a pesquisa destacasse tanto a questão tecnológica quanto a questão social, tendo como base a imparcialidade jornalística da equipe.

REFERÊNCIAS

BRAGA, R. S.; EVANGELO, N. S. “MEEOOO, ISSO É MUITO BLACK MIRROR”: A nota da Uber como punição do comportamento social na sociedade da vigilância distribuída. In: XXVI Encontro Anual da Compós, 2017, São Paulo. Anais do XXVI Encontro Anual da Compós, 2017. v. 1. p. 1-17.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP & A, 2011.
VIANA, Paulino. Entrevista concedida ao aluno Gabriel Gil Martins. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “B”).
Entrevista com um motorista anônimo do aplicativo Uber concedida à aluna Anny Caroline dos Santos Corrêa. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “C”).
Entrevista com um motorista anônimo do aplicativo Uber concedida à aluna Marcele Fernandes de Souza. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “D”).
Entrevista com um taxista anônimo concedida ao aluno Ivan Feitosa de Arruda Neto. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “E”).
Entrevista com um mototaxista anônimo concedida ao aluno Ivan Feitosa de Arruda Neto. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “F”).
JÚNIOR, Jucimar. Entrevista concedida ao aluno Gabriel Gil Martins. (A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice “G”).


[1] Trabalho referente à Disciplina Radiojornalismo, ministrada no 4º Período de Jornalismo.
[2] Acadêmica do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade DeVry – Martha Falcão. Email: annycaroline.correa@hotmail.com .
[3] Acadêmico do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade DeVry – Martha Falcão. Email: gabriel.martins1826@gmail.com .
[4] Acadêmico do 4º Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade DeVry – Martha Falcão. Email: ivan_netto@hotmail.com .
[5] Acadêmica do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade DeVry – Martha Falcão. Email: m.arcelle0424@gmail.com .
[6] Acadêmico do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade DeVry – Martha Falcão. Email: markinhocupula@gmail.com .
[7] Orientadora do trabalho. Jornalista, Doutoranda e Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia. Especialista em Informática Aplicada à Educação. MBA em Gerenciamento de Projetos. E-mail: joycekarolineponets@gmail.com .  
[9] Ato de se requisitar um táxi ou outro serviço de transporte através de um dispositivo eletrônico, geralmente celular smartphone.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Aplicativos - Podcast

Semiótica dos aplicativos na sociedade contemporânea[1]

Alice Pinheiro PEREIRA[2]
Ana Paula Grangeiro de LIMA[3]
Giovanna Rimigio de LIMA[4]
Itala Dandara Barbosa GARCIA[5]
Tiago Pinheiro de SOUZA[6]
Joyce Karoline Pontes[7]

Faculdade Devry – Martha Falcão, Manaus – AM

Resumo
O tema semiótica dos aplicativos na sociedade contemporânea, foi desenvolvido após brainstorming[8] e também com a percepção de que os aplicativos surgiram, faz pouco tempo, em pleno século XXI. Contudo, vem tomando espaço na sociedade, ajudando e facilitando a vida de várias pessoas. Segundo Lucio (2010), graças à mobilidade gerada pelo avanço da tecnologia, uma série de aplicações que utiliza recurso de inteligência coletiva foi elaborada, com o intuito de facilitar o dia a dia das pessoas. Este podcast é uma produção realizada no decorrer da disciplina de radiojornalismo, no curso de Jornalismo da Faculdade Martha Falcão, Manaus (FMF).

Palavras-chave: podcast; aplicativos; tecnologia; comunicação.

Introdução
Mesmo a televisão e a internet sendo destaques como meios de comunicação pela sua rapidez e objetividade nas notícias, e o rádio sendo um dos primeiros e mais antigos meios, ele não deixa as casas de muitas pessoas e também não perde o posto de meio de comunicação mais utilizado, de acordo com a "Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira" publicada pelo G1 em 2014.

O podcast é uma mídia da cibercultura em formato de áudio. Vem conquistando grande espaço na WEB atual, especialmente com relação à produção de informação e às suas potencialidades comunicacionais e educativas. A partir de uma origem fortemente tecnológica, o podcast teve um desenvolvimento voltado a facilitar sua produção e distribuição, permitindo que qualquer pessoa se torne potencialmente receptor e emissor, tornando a difusão de informações mais democrática. Por se tratar de uma mídia relativamente recente, pouco ainda foi pesquisado e muito pode ser desenvolvido sobre o tema. Vanassi (2007) disse que a disponibilidade é uma das características dos podcasts pois eles estão publicados na internet e podem ser facilmente acessados, pois uma das principais características do podcasting é a liberdade oferecida para o ouvinte poder baixar e escutar os programas disponibilizados quando quiser.
O objetivo principal do podcast “A semiótica dos aplicativos na sociedade contemporânea” é mostrar como estes são úteis atualmente, bem como a sua importância para a sociedade. Segundo Nonnenmacher (2012) aplicativos são softwares[9] instalados em sistemas operacionais que rodam conteúdo online[10] e off-line[11]. São infinitos tipos de aplicativos que existem, para transporte público, transporte privado, delivery[12], acompanhamento de saúde, entre muito mais outros.
Logo, estes aplicativos de mensagens encurtaram distâncias físicas, os de transporte criaram uma nova maneira de locomoção, apps[13] de banco reduzem a necessidade de clientes irem até as agências, comodidade, facilidade e rapidez são os principais pontos dos apps.
Desenvolvimento
A Internet vem ganhando cada vez mais espaço em nossa sociedade, e se faz cada vez mais necessária na educação. A acelerada evolução dessa tecnologia tem proporcionado um rápido e fácil acesso a informação, como também, um acúmulo diversificado dessas informações. Moran (2004) disse “hoje, com a Internet e a fantástica evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes.”. A Internet tem sido uma das formas de construção de conhecimentos, de novas linguagens de comunicação e informação.
Com a junção das palavras iPod[14] + Broadcast[15] formou-se a palavra podcast, o termo surgiu em 2004, mas o que é mesmo podcast? O podcast é como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem primordial é o conteúdo sob demanda. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender, através de apps que se pode baixar no celular. É uma mídia relativamente nova e ainda está sendo explorada no Brasil, mas já é bastante utilizada e há sobre diversos assuntos. O país possui uma tradição de adotar o uso de novas mídias de forma efetiva, especialmente as relacionadas à internet. Brasileiros começaram a produzir podcasts ainda em 2004, mesmo ano em que esse tipo de mídia surgiu nos Estados Unidos. Inicialmente, os programas assemelhavam-se aos norte-americanos, com programas com pouca ou nenhuma edição, lembrando programas ao vivo de rádio.
Sobre a semiótica, em seu livro, Santaella diz que ela é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido. É a ciência dos signos, é a ciência geral de todas as linguagens, então pode-se dizer que ela é a ciência que estuda todas as formas do homem de comunicar, abrangendo todas as linguagens verbais e não verbais. A semiótica é a ciência que ajuda a olhar o mundo.
Com todas as definições expostas, fica mais fácil de se entender o que realmente quer se dizer com a “semiótica dos aplicativos da sociedade contemporânea”.
Procedimentos de execução do podcast
A produção deste podcast também teve como objetivo pôr em prática os assuntos teóricos que foram vistos em sala de aula, contou com a elaboração de pauta, roteiro, entrevista, edição, linguagem do rádio, decupagem, além da produção científica deste paper.
Posteriormente, a definição do trabalho de Radiojornalismo, pela professora Joyce Karoline Pontes ocasionou na elaboração de um produto em forma de podcast, a equipe se reuniu em torno do tema Semiótica dos Aplicativos na Sociedade Contemporânea.
Para a execução do trabalho, o grupo utilizou um roteiro prévio, de pesquisa e autoria do acadêmico Tiago Souza. Além dele, a aluna Ana Paula Grangeiro gravou os áudios com o uso de celular no estúdio de rádio da Martha Falcão. Estas locuções foram feitas em uma manhã nas dependências da Faculdade. Após as gravações, a decupagem do som foi feita por Ana Paula mediante o auxílio da professora de Radiojornalismo, Joyce Karoline Pontes.
A pesquisa do tema foi realizada por duas semanas, com o auxílio de livros físicos e e-books, em seguida mediante um fichamento dos assuntos, com consulta a artigos, jornais e revistas deu-se início ao paper, que pôde ser consumado.
As integrantes Giovanna Lima, Alice Pereira e Ítala Garcia ficaram encarregadas de montar o produto que contém além do paper, itens dos fichamentos e a apresentação técnica do podcast.
Ressalta-se aqui que todos os integrantes da equipe participaram ativamente da montagem do produto final. De forma que a convergência entre áudio, roteiro e paper possa ocorrer harmonicamente.
Considerações
A oportunidade de produzir um podcast foi de vasta importância, possibilitou aprendermos teoria e prática ministrados em sala de aula.O fazer desse trabalho proporcionou ampliar o conhecimento sobre rádio, podcasts, aplicativos, entre outros.
A seleção do conteúdo e de como iríamos expor foi um grande desafio, visto que a proposta era mostrar o sentido dos aplicativos na nossa sociedade, expondo a facilidade com que vão surgindo novos apps e a rapidez que vão surgindo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMSTEL, Frederick van. Afinal, o que é semiótica?. Disponível em formato pdf em: http://www.usabilidoido.com.br/arquivos/afinal_o_que_e_semiotica_amstel.pdf acesso em: 14.nov.17
E em formato podcast em: http://www.usabilidoido.com.br/afinal_o_que_e_semiotica.html acesso em: 14.nov.17.
FERNANDES, José David Campos. Introdução à semiótica. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/clv/images/docs/modulos/p8/p8_4.pdf acesso em 18.nov.2017.
LUIZ, Lucio; ASSIS, Paulo de. O Podcast no Brasil e no Mundo: um caminho para a distribuição de mídias digitais. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-0302-1.pdf acesso em: 14.nov.17
LUIZ, Lúcio; ASSIS, Paulo de. História do Podcast. Disponível em: https://diadopodcast.com.br/blog/historia/ acesso em: 13.nov.2017
MIRO, Tiago. Podcast: O que é? Disponível em: https://mundopodcast.com.br/artigos/o-que-e-podcast/ acesso em: 13.nov.2017
LOPES, Leo. O que é Podcast? Disponível em: http://cursodepodcast.com.br/o-que-e-podcast/ acesso em: 14.nov.2017
PIRES, Luciano. O que é podcast? Disponível em: http://www.portalcafebrasil.com.br/tudo-sobre-podcasts/mundo-dos-podcasts/ acesso em: 14.nov.2017
Vídeo “Podcast - O que é, e como escutar” disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=biNTDThHZR0 acesso em: 20.nov.2017
Vídeo “Afinal, o que é Podcast?” disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QvCTXJu8wFw acesso em: 20.nov.2017
Vídeo “O que é podcast?” disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tfTf8LZZX0M acesso em: 20.nov.2017
SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. Editora Brasiliense, coleção 103, primeiros passos. Disponível em:20.nov.2017
           


[1] Trabalho referente à Disciplina Radiojornalismo, ministrada no 4⁰Período de Jornalismo.
[2] Acadêmica do 4º Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.
[3] Acadêmica do 4º Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.
[4] Acadêmica do 4⁰Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.
[5] Acadêmica do 4º Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.
[6] Acadêmico do 4º Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.
[7] Orientadora do trabalho. Jornalista, Doutoranda e Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia. Especialista em Informática Aplicada à Educação. MBA em Gerenciamento de Projetos. E-mail: joycekarolinepontes@gmail.com
[8] Brainstorming significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que significa tempestade. Disponível em: https://www.significados.com.br/brainstorming/ acesso em: 15.nov.2017
[9] Software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um computador com o objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser definido como os programas que comandam o funcionamento de um computador. Disponível em: https://www.significados.com.br/software/ acesso em: 15.nov.2017.
[10] Conectado. Quando alguém se conecta, está presente naquele exato momento em algum lugar, por exemplo: MSN, orkut, sites, fóruns, jogos, etc. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/online/ acesso em: 15.nov.2017
[11] Offline (ou off-line) é um termo da língua inglesa cujo significado literal é “fora de linha” e também pode qualificar alguma coisa que está desligada ou desconectada. É habitualmente usado para designar que um determinado usuário da internet ou de uma outra rede de computadores não está conectado à rede.
Disponível em: https://www.significados.com.br/offline/ acesso em: 15.nov.2017
[12] Delivery é a palavra em inglês que significa entrega, distribuição ou remessa. Disponível em: https://www.significados.com.br/delivery/ acesso em: 15.nov.2017
[13] “Apps” é a abreviação da palavra “applications”, ou aplicativos. No contexto dos smartphones, ”apps” são os programas que você pode instalar em seu celular, ou seja, a tela que mostra a previsão do tempo, o joguinho ou aquela câmera cheia de efeitos, entre outros. Disponível em: http://blog.futurecom.com.br/o-que-sao-apps-e-para-que-eles-servem/ acesso em: 14.nov.2017.
[14] iPod é uma marca registada da Apple Inc. e refere-se a uma série de tocadores de áudio digital projetados e vendidos pela Apple. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/IPod acesso em: 19.nov.2017.
[15] emissão e transmissão de sons e imagens por meio do rádio ou da televisão, sob forma de notícias, programas recreativos etc. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Dicion%C3%A1rio acesso em: 19.nov.2017 

domingo, 19 de novembro de 2017

Comunicação Radiofônica

Este blog tem como objetivo divulgar as produções radiofônicas produzidas pelos alunos do 4°  Período de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade Martha Falcão Devry - Manaus. A disciplina é ministrada pelos docentes: Me Joyce Karoline Pontes e Me Raphael Bonini. 

O Material aqui disponibilizado também será apresentado no 8° Congresso de Comunicação Devry - FMF.  Clique aqui para fazer sua inscrição. 

O 8° Congresso de Comunicação da Faculdade Martha Falcão (DeVry/FMF) tem como tema a “Comunicação, tecnologia e cultura digital” e acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro de 2017. O evento contará com mesa-redonda, oficinas, apresentação de trabalhos dos acadêmicos e sarau criativo.

A abertura oficial do congresso acontece no dia 23 de novembro - das 18h30 às 22h – com mesa-redonda com os profissionais da Comunicação: Ruthiene Bindá, João Artur Vieira, Victor Israel e Roberto Marinho.

A inscrição será efetivada com a entrega de 1kg de alimento não perecível no credenciamento no dia do evento, a ser destinado para instituição de caridade infantil a ser posteriormente informada à comunidade acadêmica.

Importante: Para participar da oficina de Script e Concepção de Personagens, é necessário levar lápis, papel e caneta. 

Para mais informações:

Facebook: https://www.facebook.com/congressofmfdevry/
Wordpress: https://congressofmfdevry.wordpress.com/
Instagram: https://www.instagram.com/congressofmfdevry/

Script Rádio Comunitária




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sábado, 18 de novembro de 2017

Rádio Comunitária no Amazonas

Rádio comunitária:  a voz dos excluídos[1]


Socorro MAIA[2]
Iara GUERINI[3]
Haryadina RAMALHO[4]
Rejany COELHO[5]
Joyce Karoline PONTES[6]

Faculdade Devry/Martha Falcão, Manaus, AM


RESUMO

O rádio sobrevive, mesmo após inúmeras predições de sua morte, o veículo mais popular da comunicação do País, perdeu espaço para a televisão, mas ganhou mobilidade, com as ondas (FM),e entrando no mundo digital, uma característica de convergência tecnológica, é incontestável à tendência atual de adesão dos meios de comunicação tradicional ao ambiente da internet e aos dispositivo móveis. O podcast "Rádio comunitária a voz dos excluídos" tem o intuito de abordar a convergência de mídia, entre a Rádio Comunitária e Webrádio. O produto é uma produção laboratorial realizada para a disciplina de Radiojornalismo  no curso de Jornalismo da Faculdade Devry / Martha Falcão e consiste em mostrar que o rádio continua vivo e se reinventando com a chegada da tecnologia digital.

Palavras-Chave:     Rádio Comunitária; Web; Tecnologia; Comunicação


INTRODUÇÃO

O rádio surgiu no século XX, e sua primeira transmissão ocorreu no ano de 1874, porém,  já servia como meio de comunicação para fazer as transmissões de mensagens pelos militares, por órgãos governamentais, ou ainda como sistema de comunicação corporativa de grandes empresas e de companhias de transporte marítimo e terrestre. No Brasil a primeira transmissão pública radiofônica ocorreu no dia 7 de Setembro no Rio de Janeiro pelas empresas norte-americanas  Westinghouse e Western Electric, no qual instituiu o centenário da Independência.

    As rádios comunitárias são um tipo especial de emissora com rádio de frequência modulada (FM), sem fins lucrativos, são usadas por algumas comunidades para divulgar e integrar a população local. A potência é limitada a 25 watts e a cobertura é restrita a um raio de um quilômetro a partir da antena transmissora. É obrigatório ter uma programação pluralista, sem censura, e serem abertas à expressão de todos os habitantes da região atendida. A rádio comunitária na base da lei, não tem e nem pode ter dono, qualquer morador da comunidade pode se associar na entidade que mantém a rádio.

Girardi e Jacobus (2009),  afirmam que  a pessoa além de receber a notícia pode também produzir e divulgar a  informação através de inúmeros meios de comunicação, o rádio é o veículo de massa mais indicado para o alcance dessa propagação, pois está presente na maioria das casas, não é caro e,  diferentemente dos jornais e outros meios escritos,não exige que as pessoas saibam ler para que possam compreender.

No entanto, as pessoas mais indicadas para falarem sobre determinadas realidades, são aquelas que realmente vivenciam diariamente o que estão noticiando, esse é o diferencial das rádios COMUNITÁRIAS, cuja a principal vantagem sobre as rádios comerciais é exatamente essa possibilidade de qualquer pessoa da localidade poder participar, além disso são mais específicas, falam sobre assuntos locais, que muitas vezes não são noticiados em emissoras comerciais, por serem de bairros. Atualmente existe um grande número de emissoras desse tipo. Os dados são controversos: para uns 5.500, para outros 7.000, mas há estimativas que falam na existência de 10.000 emissoras no Brasil.


  Com a chegada da era digital no século XXI, é possível encontrar softwares gratuitos de modo a fazer as transmissões em tempo real, é com a chegada da convergência de mídia, com a transição de rádio comunitária para as rádioweb, as emissoras passam a transmitir toda a sua programação  pela internet, via redes sociais e também utilizando uma tecnologia chamada streaming, uma das grandes vantagens deste sistema é que não existem limitações para a quantidade de emissoras, nem regulamentação.

Logo, o objetivo do podcast  “Rádio comunitária a voz dos excluídos” é analisar a convergência de mídia, entre a Rádio comunitária Voz das Comunidades e Webrádio, a evolução histórica e tecnológica do rádio brasileiro, suas mudanças destacando os processos de digitalização.

A série de reportagem também tem a finalidade em desenvolver um produto final,  podcast que faz parte do jornalismo radiofônico e se encontra disponível no blog Comunicação Dy News, que foi desenvolvido na disciplina Radiojornalismo, bem como a elaboração de pauta, pesquisa, roteiro, entrevista e edição, idealizados pela turma do quarto período do curso de Jornalismo da  Faculdade Devry / Martha Falcão em Manaus na  disciplina Radiojornalismo, com orientação da professora Joyce Karoline Pontes,  o mesmo é apresentado no  8O Congresso de Comunicação realizado no dia 23 e 24 de Novembro de 2017 no auditório da instituição.

       A Rádio comunitária é um tipo especial de emissora de rádio cuja frequência modulada (FM) possui alcance limitado  no máximo, um quilômetro a partir de sua antena transmissora. Criada para proporcionar informação, cultura, entretenimento e lazer à pequenas comunidades. Trata-se de uma estação de rádio, que dará condições à população ter um canal de comunicação inteiramente dedicado a ela, abrindo oportunidades para a divulgação de suas ideias, manifestações culturais, tradições e hábitos sociais.
     De acordo com informações da Rádio Comunitária “A Voz das Comunidades 87,9”  há dados suficientes para a sociedade saber que uma emissora comunitária não tem fins lucrativos, requer que uma grande parcela de seus serviços seja voluntariado. As rádios comunitárias são a ponta de lança de uma luta pela própria identidade, ou seja, pelo direito de falar pela voz do povo.

Construir uma base participante, formada por comunicadores e ouvintes em torno de uma rádio comunitária, é um bom instrumento para aglutinar pessoas e alavancar a prática de um autêntico poder popular. É um exercício conjunto do poder, seja no papel de mero ouvinte, seja no envolvimento direto com os processos de produção, planejamento e gestão da comunicação. (GIRARDI,JACOBUS.2009,p.32).

            A finalidade primordial da emissora proporcionar algo que se julga não encontrar nas mídias tradicionais. O termo “rádio comunitária” não quer dizer somente que ela é feita para a comunidade, mas, acima de tudo é um trabalhado feito pelos comunitários. A diferença de uma rádio desse perfil, para uma comercial, não é somente os fins lucrativos, mas que suas programações também têm propósitos bem distintos.

Na programação da rádio, há vários programas, sua linha do jornalismo é bem temática , uma linha temática comunitária, com conteúdos informativo, local nacional, com agenda cultural pré determinada pela direção da emissora e da editoria executiva. (Entrevista NEIDINHA MACIEL – 2017).

            O conteúdo que é levado ao ar por uma rádio comunitária é bem diferente do que é adotado por uma emissora comercial. Enquanto a programação das mídias tradicionais capitalistas têm o objetivo de massificar a sua programação, a fim de tentar atingir todos os públicos para a maior obtenção de dividendos financeiros. A de uma rádio comunitária é particularizada, direcionada e adotado por uma emissora comercial, e ainda mais do que a da mídia corporativa. É uma luta do constante, para que a voz do povo, que surge nas comunidades possam ser ouvidas e compreendidas, é preciso que tenha o mínimo de planejamento possível para funcionamento da emissora.

            Como afirmam Girardi e Jacobus,(2009),“ Não existe uma regra fixa sobre os tipos de programa para rádios. Os diversos tipos podem confundir-se, dependendo da criatividade empenhado na produção e até de ponto de vista. ” (p.41).
                 
     O objetivo da rádio comunitária é buscar atingir um público específico. Uma peculiaridade que se pode notar é a aplicabilidade da informação. Enquanto nas mídias tradicionais as informações são transmitidas de forma ampla e muitas das vezes até superficialmente, nas emissoras comunitárias elas são “interpretadaspara o ouvinte da comunidade local, de forma que ele (o ouvinte) não apenas entenda a informação que está sendo transmitida, mas também perceba a relevância que o fato tem para o seu dia a dia.
           
      No entanto, descontando as genuínas preocupações, as rádios comunitárias têm realmente democratizado a comunicação no País. Grupos que nunca se viram sendo representados nas grandes mídias agora podem expressar seus ideais e valores na comunidade em que vivem. Com isso, contribui-se para a autonomia do cidadão comum; possibilita o livre fluxo de pensamentos e ideias; proporciona a liberdade de expressão; favorece ainda para o processo da consolidação da democracia brasileira.

DESENVOLVIMENTO

       A rádio Voz das Comunidades foi a primeira rádio legalizada no Brasil, a emissora surgiu de lutas dos comunitários e já conseguiu várias melhorias nas condições sociais dos bairros no qual se faz presente. No ano de 1995,  as rádios comunitárias são descobertas, no formato de rádios livres. Foi algo inédito para a história do Brasil, não enquanto experiência de rádio livre, mas pelo elevado número de emissoras demonstrando uma disposição em ocupar as ondas, na aberta contestação ao controle exclusivo dos meios de comunicação de massa.
Imagem 01: Rádio Comunitária a Voz das Comunidades
Fonte: Reprodução do Facebook
            Em 1996, as comunidades dos bairros Amazonino Mendes, Novo Aleixo, Cidade Nova, zona Norte da capital amazonense, entre outros das proximidades, se organizaram e deram vida ao Movimento Comunitário  Cidadania (MOCOCI). Este se mobilizou para ter uma instalação de radiodifusão, com as finalidades: levar aos menos favorecidos, incentivando-os na luta pelos seus direitos, oferecer espaços para as comunidades e associações divulgarem suas atividades, estimular, especialmente através da música, o lazer, o convívio social dentro da cultura amazônica, prestar serviço de utilidade pública, para que sejam atendidas as necessidades da emissora.

            E quem mais lutou para legalizar a Radio foi o  Padre Luiz Giuliani, a alma da iniciativa, realizou diversas viagens a Brasília, junto ao Ministério das Comunicações, e conseguiu a concessão do  Decreto Legislativo 001/2001. Trata-se da primeira concessão cedida a uma rádio comunitária no Brasil. A Rádio comunitária A Voz das Comunidades, começou oficialmente aos 15 de julho de 2001, em 89,7 FM. Logo se destacou por conscientizar sobre direitos e deveres, por trazer a público os problemas de violências e injustiças e por dar voz e vez as comunidades, aos oprimidos, excluídos, injustiçados das classes populares, das zonas Norte e Leste de Manaus.

       A emissora nasceu pela iniciativa da Igreja Católica, mas não é confessional, uma vez que não faz distinção de credo religioso, tampouco faz distinção de etnia, condição social, credo político. Não admite proselitismo, nem propaganda de partidos.


Imagem 02: Rádio Comunitária a Voz das Comunidades
Fonte: Neidinha Maciel
           
            A rádio possui bom alcance, pode ser sintonizada nas abrangências das zonas Norte e Leste de Manaus, sem fins lucrativos que sobrevive de doações, apoios culturais e voluntariado. Ela faz uma informação real denunciando os interesses das classes opressoras, neoliberal e globalizante. Já cobriu as lutas pelo transporte, água, saúde, ecologia, desarmamento, conselho tutelar, solidariedade nas enchentes e etc.


Imagem 03: Equipe da Emissora
Fonte: Neidinha Maciel

            Com uma grande de programação bem variada, atualmente conta com dois programas em sua grade de programação e com 65 voluntários. Ela é administrada pela diretoria executiva do Movimento Comunitário pela Cidadania (MOCOCCI), entidade jurídica da emissora, que tem como Presidente o Sr. Noely Caldas e sua Vice Drihelly Maria, na gestão da emissora, o voluntário Ivan Brito, que tem uma equipe de quatro voluntários que ficam diariamente na Rádio, em horário comercial, realizando os trabalhos administrativos.

            Na ocasião, foram realizada duas entrevistas, com especialista da área e a direção da emissora de rádio Voz das Comunidades, que fica localizada à Rua 36 Quadra 58 nº 68, bairro Amazonino Mendes – Mutirão, zona Norte de Manaus. Foi utilizada como técnica o método de entrevista semiestruturada, cuja natureza é qualitativa.

                          Os planos de pesquisa variam de acordo com sua finalidade. Toda pesquisa deve basear-se em uma teoria, que serve como ponto de partida para a investigação bem sucedida de um problema. A teoria, sendo instrumento de ciência, é utilizada para conceituar os tipos de dados a serem analisados. Para ser válido, deve apoiar-se em fatos observados e provados, resultantes da pesquisa.  A pesquisa dos problemas práticos pode levar a descoberta de princípios básicos e, frequentemente, fornece conhecimentos que tem aplicação imediata. (MARCONI, 1999, p. 16).

            Na atualidade, a rádio continua sendo um dos veículos mais presente na vida das pessoas, em qualquer parte do País. O rádio pode passar despercebido principalmente para os jovens, pois não exige atenção específica das pessoas, sendo esta uma de suas principais características e um dos segredos do seu sucesso. Hoje em dia, o rádio está presente não só em aparelhos convencionais, mas em celulares, MP3, MP4, Tablets entre outras tecnologias, o que o torna às vezes mais presente e mais discreto ao mesmo tempo.

Mas foi com o desenvolvimento da eletrônica que a oralidade voltou à tona e trouxe outros elementos agregados para a troca de experiências: o rádio. Muitos consideram o rádio AM com os dias contados pela introdução da nova tecnologia digital e pelo interesse cada vez menor dos jovens nesse formato que prioriza a fala ao invés da música. Quase duas mil estações no Brasil ainda usam transmissão AM esse tipo de emissora continua sendo das mais ouvidas no país, pois atinge quase a totalidade do território nacional. (NEUBERGUER, 2012, p. 68).

PROCESSO DE ELABORAÇÃO

        O processo de criação do podcast sobre Rádios Comunitárias que migraram pra RádioWEB seguiu as técnicas e dicas para elaboração apresentadas durante a disciplina de Radiojornalismo. O assunto é abordado de forma mais clara possível, e mostra ao ouvinte que não é tão simples fazer uma rádio, existe burocracia em tudo, e colocar uma rádio comunitária no ar não seria diferente.

Pra  fazer uma rádio comunitária tem toda uma burocracia, a Anatel literalmente proíbe que pessoas comuns crie uma rádio, então o termo "rádio pirata" vem daí, você não pode vir e criar na marra, é proibido, a polícia federal pode bater lá na tua casa e te impedir, enquanto essas rádios não, você colocou no site, não tem legislação que vai te impedir de fazer isso, ela vai democratizar a questão do rádio nesse ponto, qualquer pessoa pode fazer isso, qualquer pessoa pode fazer uma live, qualquer pessoa agora pode fazer notícia. E como a rádio comercial, assim como a tv só as pessoas que a Anatel permite que podem fazer esse tipo de coisa, essa é a grande diferença no caso de democratizar o acesso a informação.(Entrevista JUCIMAR MAIA DA SILVA JUNIOR- Out. 2017).

Imagem 4: Doutor e Engenheiro de software-Jucimar Maia  
Fonte: Reprodução do Facebook

No livro: Rádios Comunitárias de Dantas (2010), a rádio comunitária foi criada com o intuito de aproximar seus moradores, e permitir o acesso das notícias por seus ouvintes, mas nem sempre isso acontece, e a população que devia ser informada acaba por nem saber da existência da rádio. Mas na Rádio a Voz das comunidades há interação com os ouvintes e internautas.
Ela tem Facebook, tem um aplicativo onde ela transmite através do aplicativo você pode acessar pelo   racfmmococi , onde os apresentadores interagem, publicam os seus programas, fotos, outros até realizam transmissão ao vivo. (Entrevista NEIDINHA MACIEL – Out. 2017). 

Na ocasião, foi necessário a equipe de acadêmicos de Comunicação Social-Jornalismo, composta por quatro componentes, ler um livro sobre o tema, fazer um fichamento do mesmo e com base nesse fichamento produzir o paper, além de uma gravação com perguntas e respostas com a locutora da rádio comunitária A Voz das Comunidades 87,9 FM, da zona Norte e Leste de Manaus Neide Maciel e com o Doutor e Engenheiro de Software- coordenador do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)-Jucimar Maia da Silva Junior, Após as gravações das sonoras, foram feitos os processos de decupagem e edição das entrevistas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O podcast foi desenvolvido com o intuito de esclarecer dúvidas sobre Rádios Comunitárias, e consequentemente mostrar diferenças entre ela e a RádioWEB, não deixando de lado todo o esforço e dedicação que existe por trás de uma equipe que luta diariamente por levar a notícia a todos da comunidade. Um exemplo de como a rádio pode ajudar na vida do cidadão é mostrado no filme: Uma Onda No Ar, que relata sobre uma Rádio Pirata na favela, existe uma cena no filme em que um senhor pede ajuda pra conseguir tratamento dentário, e com a propagação da notícia por parte da rádio e dos ouvintes ele consegue. Esse é um dos papeis da Rádio Comunitária: prestar serviços, entreter e comunicar. Em uma sociedade em que a notícia sempre acontece ter uma rádio em sua comunidade faz com que todos estejam cientes dos fatos, a comunicação das rádios comunitárias é uma proposta a favor dos excluídos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DANTAS, Célia Rique Gentile. (Org.) Rádios comunitárias: avanços ou negação do direito humano à comunicação? Recife: Gajop, 2010. (Caderno de Educação para a Cidadania, 4).
GIRARDI, Ilza.; JACOBUS, Rodrigo. (org.) Para fazer Rádio Comunitária com “C” maiúsculo – Porto Alegre - Brasil, Editora: Abravídeo, 2009 Janeiro: Campus, 2001.
LEMOS, André. Arte e mídia locativa no Brasil. In: LEMOS, Andre e JOSGRILBERG, Fábio (Org.). Comunicação e Mobilidade: aspectos socioculturais das tecnologias móveis de comunicação no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2009
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa. 4ed. São Paulo: Atlas, 1999.
NEUBERGER, Rachel. O rádio na era da convergência das mídias. Cruz das Almas: Ed. UFRB, 2012.
MACIEL, Neide. Entrevista Concedida a Iara Guerini . Manaus, 28 Out. 2017. (A entrevista encontra- se transcrita no Apêndice “B”)
SILVA, Jucimar . Entrevista Concedida a Haryadina Ramalho e Rejany Coelho. Manaus, 30 Out. 2017. (A entrevista encontra- se transcrita no Apêndice “C” )



[1] Trabalho referente à Disciplina Radiojornalismo, ministrada no 4° Período de Jornalismo.
[2]Acadêmica do 4°Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão. Email: socorromaia2011@gmail.com
[3] Acadêmica do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão.Email: iaramguerini@gmail.com
[4] Acadêmica do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão. haryadina@gmail.com
[5] Acadêmica do 4° Período de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Devry – Martha Falcão. Email: rejanysantos26@gmail.com
[6] Orientadora do trabalho. Jornalista, Doutoranda e Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia. Especialista em Informática Aplicada à Educação. MBA em Gerenciamento de Projetos. E-mail: joycekarolineponets@gmail.com .